segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Apresentação- FINAL

Publico a versão corrigida e atualizada da nossa apresentação do dia 21/10/2008

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Vídeo Padões de Beleza




Video assistido pela turma durante a nossa apresentação. Sugestão do nosso colega Cleber!

Obrigada Cleber, excelente sugestão!!!

domingo, 19 de outubro de 2008

RESENHA "Cultura das Mídias"




RESENHA

SANTAELLA, Lúcia. Cultura das Mídias. São Paulo: Experimento,1996.2ª edição

Autoras: Amanda Vasconcelos, Carolina Jubé e Munike Ribeiro dos Santos.

Maria Lúcia Santaella Braga é professora titular no programa de Pós-Graduação em Comunicação e Semiótica da PUCSP, com doutoramento em Teoria Literária na PUCSP em 1973 e Livre-Docência em Ciências da Comunicação na ECA/USP em 1993. Santaella dedica seus estudos hoje a áreas de pesquisa como a Comunicação, Semiótica Cognitiva e Computacional, Estéticas Tecnológicas e Filosofia e Metodologia da Ciência.
A obra aqui resenhada é uma coletânea de diversos artigos da autora que foram publicados entre os anos de 1976 e 1996 no Brasil e na Alemanha. Fruto de trinta anos de estudos da autora acerca da temática Mídias, e de argumentações como a sobre as dicotomizações entre cultura das massas vs. cultura erudita, popular vs. elite, que segundo a autora “não são mais operativas nem unívocas, mas profundamente mediadas, combinadas e misturadas, misturadas estas que só tendem a aumentar com o advento dos meios de informatizadores.” (p.25)
A partir dessa afirmação de Santaella chegamos à hipótese do trabalho da autora, que é a de que com o crescimento e a expansão das mídias, sendo elas de caráter cada vez mais absorventes, como por exemplo a TV, elas tendem a “abalar as divisões estratificadas entre a cultura erudita, popular e de massa como campos perfeitamente separados e excludentes” (p.31). Santaella acredita que quanto maior a propagação e a multiplicação das mídias, maior é a movimentação e a dinamização das relações entre as diversas produções culturais. Assim, a chave para o intercambio entre os diversos tipos de culturas eruditas, populares, tradicionais e modernas, está na multiplicação das dos meios midiáticos.
Cultura das Mídias é um conceito importante para a compreensão total da obra, conceito este que dá nome ao livro de Santaella. A autora acredita que inversamente à cultura de massa, esta que é uma “pasta homogênea e disforme de mensagens” (p.30), a cultura das mídas deve ser entendida como uma interação entre inúmeros códigos e processos de sentido cultural que atuam em cada uma das mídias, e que por conseqüência, produz no receptor dessas mensagens efeitos de comunicação e percepção totalmente singulares.
Mas é claro que, para Santaella, o conceito de cultura está diretamente ligado a Semiótica[1] (ciências dos signos). Primeiramente, a semiótica tem seu foco nos meios comunicacionais, meios e modos como são utilizados e processados pelo homem para produzirem sentidos e serem comunicados. “Todo esforço da semiótica se endereça para a investigação dos modos como os mais diferenciados processos de linguagem engendram-se, codificam-se e funcionam comunicativamente e culturalmente” (p.27). Para a autora, cultura e comunicação são processos que se relacionam intimamente, porque fenômenos culturais são também fenômenos comunicativos.
Nos capítulos que se seguem, a autora faz uma breve auto-biografia, relatando suas primeiras experiências com o pós-modernismo, que resultou na elaboração do artigo: “Pós-modernidade: alguns pingos nos is”, usado até os dias de hoje como sua referência para o assunto, sem ter se tornado obsoleto ou ultrapassado.
Mesmo com diferentes posições possíveis de serem assumidas diante do debate, não há, segundo ela, como atribuir ao pós-modernismo (chamado por ela de pós-modernidade, em uma tentativa de aliar seu conceito com outro que não o conceito de modernismo) a um simples modismo, um assunto sem relevância explícita, principalmente por considerar a era modernista como problemática dotada de supremas ficções que inevitavelmente cairiam por terra em algum momento. Importante ressaltar que segundo Andeas (p.98), o Pós-modernismo está longe de se tornar o modernismo obsoleto, não anulando sua importância e sua pertinência, mas se apresentando como uma resistência em época de capitalismo tardio, com uma nova crise da relação da arte com a sociedade. Assim sendo, vivenciando um grande mal estar em todas as esferas (cultura, artes, literatura, ciências, etc), visualizando o aumento da cultura popular e a diminuição da separação entre erudito e popular; estético e político; crítico e criativo, alguns intelectuais renomados iniciaram um apoio ao pós-modernismo, ampliando sua influência e seu acervo.
Em cada canto do planeta, a visão de pós-modernismo se deu de forma diferente, seguindo, inclusive, o perfil que o próprio modernismo adquiriu em cada país. Entre alguns exemplos ocorridos em países como Alemanha e França, Santaella explicita o certo descaso e irresponsabilidade com que o assunto foi abordado em nosso país, inclusive por uma chamada leviandade própria da cultura brasileira. Em um breve histórico relatado pela autora, que se inicia nos anos 70, com a arquitetura e as tomando a dianteira, passa pelos anos 80, retratando o nascimento do pós-modernismo de resistência contra a cultura descompromissada do “vale-tudo” e pára nos anos 90, com o consenso irrecusável acerca do pós-moderno, a aparição da primeira obra em nosso país retratando a importância do assunto no meio da comunicação.
Ainda que muito ligado às artes e arquitetura, o pós-moderno se mostra longe de ser uma simples controvérsia sobre estilos artísticos, ampliando-se para uma questão geral de política e cultura (p.100), visto o cenário social sempre em mutação, devido a fatores de origem econômica. Citando de Lowenthal (p.102), Santaella exemplifica de forma ainda atual esse fato, quando fala dos Estados Unidos como esperança do futuro, no passado, e atuais, interligando a semiótica com o pós-modernismo (ou pós-modernidade, como passará a ser chamado este período no atual trabalho, em concordância com a autora), é feita uma comparação de modernismo com estruturalismo, em que o último está para as ciências e a linguagem assim como o primeiro está para as artes e literatura. Tendo a semiótica nascido com o estruturalismo, é correto, segundo o livro, a comparação do pós-estruturalismo com a pós-modernidade, no sentido de tomar esses dois conceitos, juntamente com o conceito de desconstrução, como semelhantes, ou como referentes a fenômenos muito similares.
Assim sendo, tendo em seu rol de principais autores nomes como Lacan, Foucault e Derrida, faz-se coerente o uso da expressão “semiótica pós-estruturalista” (p. 110), visto que o pós-estruturalismo não pode ficar apenas na crítica, deve ir além de jogos de linguagem, da epistemologia e do estético para que seja lógico e plausível. Deve retirar a visão anteriormente carregada pelo projeto modernista de redenção da vida moderna através da cultura, tendo em mente que não há uma separação rígida entre modernismo e pós-modernidade, e sim uma fase de transição e desconstrução entre a era moderna e a era pós-moderna, denominada pela autora de modernismo.
Visando então, aplicar um olhar mais atento à semiótica, dá-se início uma discussão mais enfática em três teorias da cultura citadas por Santaella como eficazes na tarefa de descobrimento e entendimento da cultura, tão trabalhada em estudos semióticos.
Dos autores citados pela autora, o primeiro é P.N. Medvedev, responsável por enfatizar em sua obra a importância do estudo da cultura por meio de aspectos material e histórico que podem (e devem) ser resgatados de qualquer fenômeno cultural e ideológico concreto. Segundo este autor, toda arte tem sua individualidade, sua especificidade que deve ser respeitada a fim de evitar uma chamada “pasteurização geral” (p. 157).
Logo após, é citado no livro Robert Srour, concordante com Medvedev no sentido de acreditar no caráter integrativo da teoria, em que ele inter-relaciona as três dimensões (econômica, política e cultural) com quatro esferas cada, sinonimizando o conceito de modo de produção com o de estrutura social e simplificando a teoria de classes, sem retirar dela sua complexidade. Por fim, é citado por Santaella, Walter Benjamin, que afirma que as linguagens são produzidas de acordo com os meios, instrumentos e técnicas históricas.
Em seu artigo “Ilha Eletrônica”, a autora descreve como este universo da tecnologia começou na fotografia, por tanto o vídeo têm na fotografia sua genitora. A consciência do duplo nasce com a fotografia tendo neste o lado ingênuo-celebratório e o lado problemático-angustiante. No lado ingênuo-celebratório é um documento inquestionável do vivido, pois retrata a captura do instante para a eternidade através de uma matriz infinita de cópias. Mas, o sonho da mimese não para aí, faltava o movimento que foi atingido com a Revolução Eletrônica, onde a humanidade ainda inventaria um poderosíssimo meio de registro e transmissão, em tempo real, de sons e imagens que iriam chegar até nós, dentro da nossa própria casa, como chegam à água e a luz (televisão, computador, etc.), obtendo-se a invenção de um universo próprio.
A tecnologia nos instiga a si transformar em onipresentes no nosso cotidiano, contudo é preciso ampliar os nossos horizontes buscando uma perspectiva semiótica, histórica, antropológica, também evolutiva para que possamos evitar duas tendências mais comuns nas avaliações da tecnologia: a ingenuidade laudatória e a apocalíptica. Pois, temos que compreender as transformações de ordem social e psíquica, que estão presentes na comunicação e na cultura. Visto que, o fenômeno da comunicação é muito mais abrangente e ilimitado do que pode dar conta um olhar antropocêntrico onde é necessário um canal para se materializar numa mensagem: não há comunicação sem transmissão de informação, não há informação que esteja encarnada numa mensagem, não há mensagens sem signos e por fim não pode haver transmissão de mensagens sem um canal que a transporte. As mensagens permeiam toda a biosfera constituindo toda a vida na Terra, o homem também foi capaz de criar um quarto reino o da noosfera (semiosfera), reino dos signos ou das linguagens.
Através do quarto reino, o da noosfera ou semiosfera, há uma expansão ininterrupta dos signos que são uma conseqüência da insaciável produção capitalista com o advento da progressão dos meios tecnológicos, onde estão encarnadas no corpo dos signos. A mensagem precisa de um canal para ser transmitida, de uma fonte a um destino, ele desempenha o papel mais substancial nos fenômenos da comunicação. Por exemplo: na linguagem, a fala, mas em primeiro lugar há uma fonte geradora de signos o cérebro, e o canal é o aparelho fonador. O ouvido exerce a função decodificadora dos padrões sonoros remetidos ao cérebro onde irá ser produzido o sentido da mensagem. Dentro do cérebro operam processos de comunicação autônomos: o meio de produção de signos, o de transmissão, e o meio de armazenamento, que se acumula no cérebro de um indivíduo. E se este morre? Tudo que foi armazenado em seu cérebro morre com ele, mas, se este consegue propagar os seus conhecimentos através dos meios nos processos de comunicação seria como vencer a mortalidade.
O computador é visto como mídia (Andersen), pois é operado por meio de signos cujos significados devem ser interpretados pelos usuários e de que o trabalho baseado no computador é um uso de signos, o computador também é visto com o uma mídia elástica determinado por movimentos de um sistema interativo. A “Inteligência Artificial (IA)” é de fato, uma semiótica aplicada. Ela estuda o funcionamento de um tipo de signo chamado de símbolo num sistema construído ou artificial interpretável em termos cognitivos. O computador é uma espécie muito complexa de máquina que funciona, como objeto físico, uma ferramenta, um canal, uma mídia, e, sobretudo, como um signo ou mediação. De todos os tipos diferentes de instrumentos, dispositivos e máquinas que foram inventados pela humanidade, o computador é o primeiro que pode ser semioticamente caracterizado como uma teceiridade genuína ou signo, porque ele é capaz de atingir o nível mais complexo de signo, enquanto as outras máquinas não podem, são incompletas. Assim, temos que considerar qualquer teoria ou conhecimento como uma representação, uma espécie de modelagem do mundo e nesta representação chegaremos a um conceito chave para os teóricos da IA e da ciência cognitiva, como por exemplo, o computador imita a mente humana armazenando e manipulando símbolos, e ao operacionalizar o design do programa, o computador age como seu interpretante. O computador como uma máquina física e veículo é de fato, a forma sensível, o objeto material que dá corpo ao meio semiótico e, assim, ao signo em toda a sua complexidade.

[1] Ver livro “O que é Semiótica”, por Lucia Santaella.

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

THE SIMPSONS




Homer declarando todo seu amor a sua TV.


Acreditamos que a televisão é um tipo de mídia de grande diversidade funcional, possui um pluralidade de dimensões internas, e também por ser uma “ mídia altamente absorvente- traz para si qualquer mídia de qualquer forma de cultura.” (SANTAELLA,1996p.41)

Artigos Santaella FAMECOS

Segue o link dos artigos de Santaella na revista Famecos:

1. "Da cultura das mídias à cibercultura: o advento do pós-humano"(n°22, dez/2003).

http://www.pucrs.br/famecos/pos/revfamecos/22/a03v1n22.pdf

2. "Mídias locativas: a internet móvel de lugares e coisas" (nº35,abril/2008)

http://www.pucrs.br/famecos/pos/revfamecos/35/santaella.pdf

Estas são leituras que complementam e ampliam a tematica aqui discutida.




Esses artigos foram publicados na Revista Famecos, esta que é uma revista de publicação quadrimestral do Programa de Pós-Graduação em Comunicação Social da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul.



Link da Revista Famecos

http://www.pucrs.br/famecos/pos/revfamecos/index.htm

Mídia



Santaella explicando o uso do termo Mídia.

ABCiber - Associação Brasileira de pesquisadores em Cibercultura


Associação Brasileira de pesquisadores em Cibercultura

Descobri por meio do site do GrupCiber (em links interessantes) que irá acontecer de 10 a 13 de novembro próximo o II Simpósio da ABciber.

Segue o link para o simpósio, as incrições do evento estão abertas, e a entidade esta em campanha de filiação.


http://www.cencib.org/simposioabciber/